terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Como?

A mão, que se move automaticamente
Enquanto o corpo fala
O gesto, repete, mecanismo
Aprendido na ponta da escola
O lugar, à esquerda do patrão
Nas cadeiras da evolução
Um ou outro criarão tempo
Assassino de outro tempo onde
A minha mão ainda não era
E eu não sabia ainda o suficiente
Se nunca se pára, essa é outra questão
E mais uma vez, ainda outra palavra
O meu borrão, a linha ácida
A vergonha do meu poema é
A necessidade do meu poema
Eu, poema, a palavra no meio
Destruir a palavra? Como?